23/02/2024 às 16:14

ESPECIAL – Cana 4.0: tecnologia impulsiona eficiência e futuro do setor sucroenergético

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A indústria sucroenergética brasileira está em plena transformação digital. A chamada Cana 4.0, que integra tecnologias como inteligência artificial, internet das coisas (IoT) e computação em nuvem, tem revolucionado a forma como a cana-de-açúcar é cultivada e processada no Brasil.

Sistemas que monitoram dados de máquinas em tempo real exemplificam o que é a Cana 4.0, ao reduzir o consumo de combustível e permitir a incorporação de informações meteorológicas, provenientes tanto de estações locais nas propriedades quanto de fontes gerais de organizações.

Em primeiro lugar, para a agricultura de decisão, o incremento 4.0 é de total importância. João Belini, consultor em automação de frota e agricultura de precisão, define esse conceito como “um amplo sistema de tecnologias como inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem”.

O consultor pontua que o 4.0 tem mudado as formas de produção e investimentos no Brasil e no mundo. “Trazendo economia e maior eficiência nas operações que antes eram geridas por pessoas que falharam nas tomadas de decisões”, ressalta.

Na era da informação, o uso de dados em tempo real não é apenas uma estratégia de mercado, mas uma necessidade crescente. Produtores e empresas enfrentam o desafio de lidar com o volume crescente de dados, utilizando tecnologias para analisar essas informações e tomar a melhor decisão para o empreendimento.

“O que eu tenho que fazer é analisar essas informações em tempo real como ações preditivas. Identificar tendências e comportamentos que possam, efetivamente, contribuir para a redução de custos, otimização e melhor alocação de eficiência dos ativos”, ressalta Haroldo Torres, professor da USP/Esalq e gestor do Pecege.

Inteligência de dados gera insights para a tomada de decisão em tempo real. Isso implica em otimização de processo, melhoria contínua na comunicação, agilidade em busca de alternativas e, sobretudo, menor custo e aumento de eficiência operacional.

Em um mercado como o da cana-de-açúcar, Belini conclui que é imperativo abandonar abordagens baseadas em "sentimentos". Ele alerta que isso não só prejudica as empresas individualmente, mas também afeta todo o setor, aumentando custos, reduzindo metas e desequilibrando a balança econômica.

Citando o consultor de negócios Joseph Juran, Belini é categórico. “Quem não mede não gerencia. Quem não gerencia não melhora.”
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