10/10/2023 às 16:22
Recebimento de cacau pela indústria processadora cresce 5% no 3º trimestre deste ano
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Nesta terça-feira (10), a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) reportou que recebeu 69.646 toneladas de amêndoas no terceiro trimestre deste ano, alta de 5% em comparação com os três meses imediatamente anteriores.“O aumento já era esperado, já que houve atraso nas entradas da safra temporã, em razão de questões climáticas e de perdas causadas por pragas, como a vassoura de bruxa e a podridão parda”, explica Anna Paula Losi, presidente-executiva da AIPC. “Apesar dos números positivos, existe uma expectativa de que o volume final fique aquém do esperado. Muitos produtores têm reportado perdas consideráveis por causa dessas pragas”, acrescentou.No acumulado de janeiro a setembro, a AIPC recebeu 162.766 toneladas de amêndoas, ante 153.515 toneladas no mesmo período de 2022 (+6%).A presidente do órgão explica que este ano houve um aumento no número de empresas que reportam seus dados para a associação. “Até 2022, somente cinco empresas reportavam as informações relacionadas a recebimento e processamento de amêndoas. Todavia, há um esforço constante para que os dados setoriais sejam ainda mais fidedignos e, desde janeiro de 2023, são seis empresas que reportam essas informações, aumentando, assim, a base de dados”, disse.ProcessamentoNo terceiro trimestre, foram processadas 64.024 toneladas de amêndoas, um crescimento de 3% em relação às 62.426 toneladas do trimestre anterior. No que diz respeito ao acumulado de 2023, o processamento cresceu cerca de 15%, para 190.466 toneladas.“O cenário mais estável e positivo da produção tende a impactar positivamente os níveis de processamento. Além disso, as expectativas de crescimento da produção nacional têm incentivado o aumento dos investimentos em capacidade de processamento”, afirma Losi.Entre julho e setembro, não houve importação de amêndoas de cacau.Exportações de derivadosAs exportações de derivados de cacau somaram 10.764 toneladas no terceiro trimestre do ano, queda de 13% em relação exportado entre abril e junho.“Apesar de refletir as tendências dos últimos anos, na comparação por período, há uma retração nas exportações impulsionada pelo comércio com a Argentina, cuja queda foi de 22%. O país vizinho é o principal mercado dos derivados brasileiros e tem passado por uma crise econômica há alguns anos, o que tem impactado negativamente a exportação”.Depois da Argentina, os principais destinos dos derivados de cacau do Brasil são Estados Unidos e Chile.
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