O acordo entre o Mercosul e a União Europeia, concretizado depois de 25 anos de negociações, deve favorecer a citricultura brasileira, mostra pesquisa do Cepea-Esalq/USP, divulgada nesta sexta-feira (20).

Atualmente, exportar suco de laranja ao bloco europeu exige uma taxa que varia de 12,2% a 15%, a depender das especificações do produto, conforme indica a CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos).

O Brasil é o maior exportador mundial de suco de laranja, e a União Europeia é o principal destino.

Na safra 2023/24 (de julho/23 a junho/24), dados do Comex Stat mostram que a receita obtida com as vendas ao bloco europeu representou quase 55% do montante total.

O acordo prevê que as tarifas tenham diminuição gradativa, até serem zeradas, no período de sete a 10 anos, sendo que metade das importações do bloco europeu deve vir do Mercosul, ou seja, do Brasil, já que os outros países do bloco sul-americano praticamente não produzem a commodity.