No município de Rio Pardo (RS), localizado a cerca de 150 quilômetros de Porto Alegre (RS), o cultivo de pepino tem ganhado cada vez mais espaço entre os agricultores, como uma cultura de ótimo retorno financeiro por área e mão de obra utilizada. Nesta safra, 22 famílias investiram nesse cultivo como fonte de renda – juntas, somam 4,8 hectares cultivados com o fruto, resultando em uma produção de 120 toneladas, que é comercializada para agroindústrias da região.

Segundo o extensionista rural da Emater/RS-Ascar, João Francisco da Silva Gomes, a cultura do pepino se caracteriza por ciclo curto (em torno de 90 dias do plantio ao fim da colheita), permitindo fazer dois plantios no ano, em épocas propícias. “Dessa forma, o produtor fica livre no final de ano para descanso de férias, já que a grande maioria das famílias possui estudantes que estarão de férias neste período”, explica.

“O pepino é uma cultura que não precisa de grandes áreas para ter um bom rendimento, sendo uma boa alternativa de diversificação para as pequenas propriedades rurais, com alto rendimento por área, especialmente se comparando área de cultivo protegido com área a céu aberto”, completa o extensionista.

O plantio da safra de pepino tem início em agosto, com produção para conserva nos meses de outubro e novembro. “O segundo plantio, ou safrinha, acontece nos primeiros dias de janeiro e inicia-se a colheita em março, indo até maio, dependendo do início do frio”, diz.

Neste ano, a produção de pepino em Rio Pardo (RS) apresenta boa qualidade. “Essa é uma cultura que pode ser cultivada em ambientes abertos ou fechados, como em estufas. Trabalhamos para mostrar às famílias assistidas que técnicas como o cultivo protegido podem melhorar ainda mais a qualidade do produto, como também aumentar a produtividade", observa João Francisco.