24/10/2024 às 09:01

Alta nos preços do boi gordo continua firme enquanto suinocultores enfrentam aumento do custo do milho

Compartilhar
O movimento de alta dos preços do boi gordo continua forte, sem sinais de desaceleração. Segundo o Cepea/Esalq, mesmo com o aumento da importância dos confinamentos no segundo semestre, especialmente no último trimestre, a oferta de animais a pasto é um fator crucial na formação de preços. A falta de chuvas no segundo trimestre levou muitos produtores a anteciparem a venda de seus rebanhos, o que, combinado com queimadas atípicas em agosto e setembro, aumentou a comercialização de animais prontos para o abate. Embora frigoríficos tenham firmado contratos com rebanhos confinados, isso não tem sido suficiente para atender tanto o mercado interno quanto o externo, que segue aquecido. Assim, a oferta limitada resultou em reajustes de preços expressivos desde agosto.

Enquanto isso, no setor suinícola, o poder de compra dos produtores paulistas em relação ao milho caiu em outubro, após oito meses consecutivos de aumento. O Cepea aponta que a valorização do milho no mercado doméstico contribuiu para essa queda. Na região de SP-5, o preço do suíno vivo registrou uma média de R$ 8,97/kg até o dia 22 de outubro, com um leve aumento de 0,3% em relação a setembro. Já o milho, impulsionado pela retração dos vendedores e pela necessidade de reposição de estoques, apresentou uma alta significativa, com o preço médio em Campinas (SP) atingindo R$ 67,40 por saca de 60 kg, um aumento de 7,7% em comparação ao mês anterior.
Compartilhar

Sua lista de notificações está vazia.