15/08/2024 às 15:18

Balança comercial brasileira de maçãs frescas registra déficit recorde em 2024

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A balança comercial brasileira de maçãs frescas, tradicionalmente positiva durante os meses de colheita, tem apresentado um cenário atípico em 2024, com um déficit recorde. Dados do Comex Stat revelam que o déficit atingiu US$ 127,10 milhões (FOB) entre janeiro e julho, marcando o maior valor para o período desde o início da série histórica, em 1997.

No acumulado do ano, as exportações de maçãs brasileiras geraram apenas US$ 9,20 milhões, representando uma queda de 69% em relação ao mesmo período do ano anterior. Por outro lado, as importações aumentaram 103%, totalizando US$ 136,30 milhões.

Colaboradores do Cepea/Hortifrúti apontam que o principal fator para esse déficit é a quebra da safra brasileira, provocada pelas intensas chuvas na primavera de 2023 e no verão de 2023/24. Essas condições climáticas adversas impactaram negativamente o rendimento dos pomares, bem como o calibre e a qualidade pós-colheita das maçãs.

A maior oferta de maçãs miúdas no mercado interno levou a um aumento na demanda por frutas importadas de tamanho médio a grande, dificultando as exportações brasileiras. Esse desequilíbrio no comércio de maçãs reflete os desafios enfrentados pelo setor agrícola nacional diante das variabilidades climáticas.
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