07/10/2024 às 15:53

Banco do Brasil lança Programa Pecuária mais Sustentável para recuperação de áreas degradadas

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O Banco do Brasil anunciou o lançamento do Programa Pecuária Mais Sustentável, disponível em todas as suas agências, com o objetivo de integrar a concessão de crédito para a recuperação de áreas degradadas com práticas sustentáveis, rastreabilidade e tecnologia. A iniciativa está alinhada ao Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD) e visa antecipar ações frente ao Regulamento do Sistema de Auto Regulação Bancária (SARB) número 26 de 2023, que regulamenta a gestão do Risco de Desmatamento Ilegal e entra em vigor em dezembro de 2025.

Este novo programa é uma evolução do Programa Pecuária do Futuro e contempla toda a cadeia produtiva, incluindo pecuaristas, frigoríficos e abatedouros. Ele oferece diagnóstico, planejamento, auxílio na contratação de operações, comercialização de crédito de carbono, rastreabilidade e bonificações adicionais por animal rastreado. Luiz Gustavo Braz Lage, vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do Banco do Brasil, destacou a missão do banco em auxiliar na aceleração do PNCPD, que visa recuperar 40 milhões de hectares em 10 anos, com foco na sustentabilidade.

"Agregamos tecnologias, ferramentas e conhecimentos dos nossos parceiros para criar um modelo inovador, gerando receitas adicionais ao pecuarista. Estamos trabalhando para engajar os clientes a investir em ativos sustentáveis que aliam rentabilidade às melhores práticas ambientais, sociais e de governança", afirmou Lage.

Os produtores que aderirem ao Programa Pecuária Mais Sustentável contarão com o suporte da Traive, uma fintech que utiliza inteligência artificial para aprimorar a avaliação de risco de crédito e reduzir a inadimplência. A gestão dos empreendimentos ficará a cargo da iRancho, uma agtech que facilita o controle dos animais, insumos e custos, promovendo o bem-estar animal e a produtividade.

A rastreabilidade dos animais será realizada por meio do SafeBeef, uma tecnologia baseada em blockchain, que ajuda os produtores a se adequar à nova regulamentação da indústria. Além disso, a IDGEO, empresa de monitoramento por satélite, fornecerá mapas de aptidão para auxiliar os pecuaristas na tomada de decisões sobre recuperação de áreas e conversão de solo.

No que diz respeito à avaliação e elaboração de projetos para créditos de carbono, a MyCarbon, subsidiária da Minerva Foods, fará a análise das áreas e a verificação dos critérios de elegibilidade para a implementação das melhores práticas de agropecuária de baixo carbono.

Na safra 2023/2024, o Banco do Brasil já desembolsou R$ 6,37 bilhões para a recuperação de áreas degradadas, abrangendo aproximadamente 1,6 milhão de hectares, evidenciando o compromisso da instituição com a sustentabilidade e a modernização da pecuária nacional.
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