O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou que vai alocar até US$ 25 bilhões em financiamentos a seus países-membros para apoiar a implementação de políticas e programas cobertos pela Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Essas iniciativas serão conduzidas e administradas pelos países para acelerar o avanço contra a pobreza e a fome entre 2025 e 2030.

Como parte do compromisso, o BID assegurará que 50% dos novos projetos aprovados beneficiem diretamente os pobres, especialmente mulheres, afrodescendentes e populações indígenas - os mais afetados pela pobreza. No BID Lab, 60% dos novos projetos aprovados beneficiarão diretamente populações pobres e vulneráveis.

“O BID tem o orgulho de se unir à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Estamos totalmente comprometidos com sua missão e objetivos. Com a liderança do Brasil e o apoio de bancos multilaterais e parceiros internacionais, teremos a estrutura, recursos e expertise para transformar nossos compromissos em ações concretas com impacto duradouro”, diz o Presidente do BID, Ilan Goldfajn. “Juntos, temos o poder de alcançar progresso real na luta contra a pobreza e a fome na América Latina e Caribe e além”, concluiu ele.

O BID também pretende atuar como um braço de financiamento importante para a Aliança. Buscando a realocação de Direitos Especiais de Saque (DES) do Fundo Monetário Internacional como um mecanismo de financiamento híbrido para bancos multilaterais de desenvolvimento, desenvolvido conjuntamente com o Banco Africano de Desenvolvimento, o BID poderá tornar mais financiamento disponível para os países implementarem políticas no âmbito da Aliança.

Esse novo mecanismo, aprovado pelo Conselho do FMI, permitirá que o BID amplie significativamente seus financiamentos. Por exemplo, para cada DES equivalente a US$ 1 bilhão canalizado por meio do BID, o BID poderia gerar cerca de US$ 7 bilhões em financiamento adicional. Isso significaria, por exemplo:

Além disso, o BID pode fornecer até US$ 200 milhões em assistência técnica não reembolsável a seus países-membros para elaborar, implementar, avaliar, aperfeiçoar e ampliar políticas e programas prioritários no âmbito da Aliança. Isso inclui, entre outras intervenções, programas de proteção social para beneficiar crianças e famílias, acesso a água e outros serviços básicos de infraestrutura, investimentos no desenvolvimento na primeira infância e em educação de qualidade, serviços de saúde e nutrição, expansão de programas de merenda escolar e apoio a pequenos agricultores.