11/11/2024 às 16:54
Brasil registra aumento de 10,9% nas áreas tratadas com defensivos agrícolas em 2024
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Entre janeiro e setembro de 2024, o Brasil registrou um crescimento de 10,9% nas áreas tratadas com defensivos agrícolas, superando 1 bilhão de hectares. O levantamento, realizado pela Kynetec Brasil para o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg), aponta a soja, o milho e o algodão como os principais cultivos que impulsionaram essa expansão.O volume de defensivos aplicados para controle de pragas, doenças e plantas daninhas aumentou 10,3% em relação ao ano anterior, dividindo-se em herbicidas (45%), inseticidas (26%), fungicidas (20%), tratamentos de sementes (1%) e outros produtos (9%).A metodologia Produto por Área Tratada (PAT) foi utilizada para compilar esses dados, contabilizando tanto o manejo por área cultivada quanto o número de aplicações e misturas utilizadas. No período analisado, a PAT foi dominada pelos cultivos de soja (35%), milho (27%) e algodão (12%), seguidos por pastagem (6%), cana (5%), trigo (4%), entre outros. O valor de mercado dos defensivos totalizou US$ 11 bilhões, uma queda de 4,7% em comparação aos US$ 12,3 bilhões registrados nos mesmos nove meses de 2023.Em termos regionais, Mato Grosso e Rondônia lideraram o mercado com 29% do valor total, seguidos por São Paulo e Minas Gerais (19%), BAMATOPIPA (14%) e Paraná (10%). Esse aumento no uso de defensivos reflete uma alta na infestação de pragas e doenças, como a cigarrinha (milho), mosca branca, lagartas e bicudo, que afetaram os cultivos principais.Expectativas para a Safra 2024/2025Para a safra 2024/2025, projeta-se um crescimento de 6% na área tratada, que deve alcançar mais de 2 bilhões de hectares, com destaque para a soja (55%), milho (17%) e algodão (8%). A soja deverá registrar um aumento de 7% na área tratada, com foco no combate a percevejos e lagartas e na aplicação de fungicidas protetores. No milho, espera-se um crescimento de 4% na área tratada, especialmente para o controle de lagartas e cigarrinha na safrinha. Já no algodão, o aumento projetado é de 6,6%, com foco no controle do bicudo, pulgão e uso de acaricidas e fungicidas premium.Esses dados evidenciam a importância da utilização de defensivos agrícolas para proteger a produção diante de crescentes desafios fitossanitários e garantir a competitividade dos principais cultivos brasileiros.
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