27/12/2024 às 12:09
Cacauicultura: Ceplac recebe representantes da Universidade Federal do Oeste da Bahia em Ilhéus (BA)
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Integrando o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado entre a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) a Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) e a Universidade Federal de Catalão (UFCAT), a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) recebeu a terceira vista dos alunos de biologia da UFBOB no dia 18 de dezembro em Ilhéus (BA).Essa colaboração busca fomentar a pesquisa, a inovação e a transferência de tecnologias relacionadas à cacauicultura no bioma Cerrado, que vem sendo explorado como nova fronteira agrícola para o cultivo de cacau (Theobroma cacao L.). O trabalho está diretamente ligado à necessidade de ampliar a produção da commodity, além de contribuir para o reflorestamento e a manutenção da biodiversidade local.O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul e um dos mais ameaçados, com metade de sua área convertida em terras agrícolas e pastagens. Neste cenário, a parceria entre Ceplac, UFOB e UFCAT tem papel crucial para o desenvolvimento de tecnologias que possibilitem a adaptação e o manejo do cacaueiro em condições adversas, diferentes das regiões tradicionais de cultivo.Entre os resultados já alcançados, destaca-se a conclusão da dissertação de mestrado intitulada “Desafios do cultivo do cacaueiro no Oeste Baiano: adaptação de cultivares e influência da luz no desenvolvimento das plantas”, defendida no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da UFOB. O estudo avaliou o desempenho de cultivares de cacaueiro no município de Riachão das Neves-BA, explorando condições ambientais distintas e contribuindo para o aprimoramento de tecnologias de manejo.Outro projeto em andamento investiga o efeito alelopático da decomposição de folhas maduras de Myracrodruon urundeuva sobre o desenvolvimento inicial do cacaueiro, visando à compreensão dos impactos dos aleloquímicos na germinação de sementes e no crescimento das plantas.A Ceplac oferece sua experiência acumulada na produção de cacaueiros, enquanto as universidades parceiras contribuem com expertise acadêmica em diversas áreas do conhecimento. Essa colaboração tem como objetivo não apenas formar e capacitar estudantes, professores e pesquisadores, mas também fornecer bases tecnológicas para os cacauicultores atuais e futuros do Cerrado brasileiro, promovendo a sustentabilidade e o fortalecimento da produção cacaueira no país.
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