08/01/2024 às 11:42

Café Robusta Amazônico é elevado a patrimônio cultural e imaterial do estado de Rondônia

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A qualidade sustentável e a valorização do Café Robusta Amazônico o tornaram Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado de Rondônia na última quinta-feira (4). Com a Lei nº 5.722, sancionada pelo Governo do Estado, o grão tradicional conquistou mais um importante reconhecimento da marca, o que fortalece as políticas públicas de incentivo para o cultivo do produto.

A Lei foi aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia (ALE/RO), baseada na preservação do produto pelo Estado, em parceria com centenas de produtores rurais que fazem o cultivo de geração em geração. Outro ponto fundamental para o feito, é a notoriedade que o café vem ganhando, por meio de premiações e reconhecimentos nacionais e internacionais, além de alcances expressivos na produção.

Para o governador em exercício, Sérgio Gonçalves, o Executivo Rondoniense caminha junto aos agricultores, promovendo a cafeicultura por meio de diversas ações. “São muitas políticas públicas que já foram desenvolvidas para atender o Agro, principalmente na produção do Café Robusta Amazônico. É uma honra dizer, agora, que este produto é nosso patrimônio, graças às ações do Governo, em parceria com o Poder Legislativo e os 52 municípios”, declarou.

A potencialidade da espécie tem refletido especialmente no crescimento econômico, considerando o trabalho árduo de muitos cafeicultores na linha de frente. De acordo com o Informativo Agropecuário de Rondônia 2023, o Estado tornou-se o 2º maior produtor de Café Robusta do Brasil, com produção média de mais de 194 mil toneladas. Além desse ranking, o grão ganhou outras notoriedades marcantes com o incentivo do Estado.

O café foi introduzido em Rondônia por migrantes, atraídos pelos projetos de colonização e reforma agrária criados pelo Governo Federal, na década de 1970. As primeiras plantações de café foram estabelecidas com sementes da espécie Arábica, trazidas com a movimentação dos primeiros colonizadores.

Com os migrantes do Estado do Espírito Santo vieram as primeiras sementes da espécie Canéfora, popularmente chamadas de Conilon e Robusta. Pela resistência às condições do relevo e ao clima amazônico, essa espécie prevaleceu sobre as variedades do café Arábica.

A seleção de plantas da espécie Canefóra, potencialmente mais produtivas e de sabor agradável, realizada por produtores e mediante pesquisas, deu origem aos clones que hoje são conhecidos como Robustas Amazônicos. Com o incentivo do Governo de Rondônia, por meio de projetos de revitalização da cafeicultura, prestação de assistência técnica e outros serviços, houve um crescimento que refletiu não só na cultura, mas no desenvolvimento socioeconômico ao longo dos anos.
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