19/01/2024 às 11:16
Câmara dos Deputados: projeto de lei institui Política de Convivência com a Seca Nordestina
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Tramita em caráter conclusivo na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL) 2525/23, que institui a Política de Convivência com a Seca Nordestina. Apresentada pela deputada Iza Arruda (MDB-PE), a proposta é uma versão atualizada do trabalho final de uma comissão externa da Câmara dos Deputados que, em 2015, avaliou as condições socioeconômicas da região do semiárido nordestino e apresentou o PL 4175/15 sobre o assunto.“O semiárido brasileiro é a região seca mais populosa do mundo, com 22 milhões de pessoas, ou 12% do total no País. O tempo transcorrido até agora só realçou a conveniência e a oportunidade daquela proposta”, disse a autora em relação ao período entre um projeto e o outro.O PL será avaliado por cinco comissões na Casa: de Minas e Energia; de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.Segundo o texto, a Política de Convivência com a Seca Nordestinas terá as seguintes premissas:
- a seca é um fenômeno natural do semiárido, previsível, e precisa ser objeto de atenção especial, permanente e continuada do poder público e da população;
- o desenvolvimento socioeconômico sustentável da região deverá incluir medidas de adaptação ao fenômeno da seca; e
- a convivência com a seca envolve ações de prevenção, preparação e resposta e exige a coordenação de órgãos federais com estados e municípios.
- fomentar o desenvolvimento sustentável do semiárido;
- garantir a segurança hídrica e alimentar da população local;
- vencer as desigualdades econômicas e sociais da região;
- promover a geração de renda;
- garantir a previsibilidade climática sazonal, assegurando a prestação de informações atualizadas à sociedade sobre riscos ou situação da seca;
- preparar órgãos públicos e comunidades para o enfrentamento da seca;
- estimular a regeneração e o uso sustentável da caatinga; e
- promover a adaptação às mudanças climáticas.
- a implantação do monitoramento hidrometeorológico e de sistema de previsão e emissão de alerta de seca;
- a elaboração do zoneamento ecológico-econômico da região;
- a instituição de centro de pesquisa sobre desastres naturais no semiárido, com foco na seca;
- a implantação de centros de desenvolvimento tecnológico, com atenção à pesquisa sobre culturas e rebanhos adaptados à seca, ao potencial do extrativismo sustentável e à bioprospecção;
- o estímulo a novas cadeias produtivas e às atividades de baixo impacto ambiental;
- o fortalecimento do sistema de extensão rural e a garantia de assistência técnica aos pequenos produtores;
- a definição de meta para sanar o déficit educacional da região e eliminar o analfabetismo;
- a capacitação, treinamento e qualificação profissional;
- o levantamento das populações extrativistas e valorização da diversidade cultural; e
- o combate à desertificação.
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