03/01/2025 às 15:55

Campanha de Vacinação contra a Brucelose inicia no Estado de São Paulo

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A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do Estado de São Paulo anunciou o início da Campanha de Vacinação contra a Brucelose, que passa a vigorar ao longo de todo o ano. Com a publicação da Resolução SAA nº 78/24 e das Portarias 33/24 e 34/24, a imunização de bovinas e bubalinas com idades entre três e oito meses deve ser realizada até o dia 30 de junho, no primeiro semestre.

Por se tratar de uma vacina viva, que apresenta risco de infecção para quem a manipula, a aplicação deve ser conduzida exclusivamente por médicos-veterinários cadastrados. Esses profissionais garantem a correta administração do imunizante e fornecem o atestado de vacinação ao produtor. A lista de veterinários habilitados está disponível no site oficial da Defesa Agropecuária: www.defesa.agricultura.sp.gov.br/credenciados/.

Mudanças no processo de declaração

Diferentemente das campanhas anteriores, não é mais necessário que o proprietário ou responsável pelos animais declare a vacinação. Agora, cabe ao médico-veterinário cadastrar o atestado de imunização no sistema informatizado GEDAVE, dentro de um prazo máximo de quatro dias após a aplicação, garantindo a validação do procedimento. Casos de divergências entre o número de animais vacinados e o saldo do rebanho declarado no sistema serão notificados eletronicamente aos veterinários e produtores para regularização.

Novo modelo de identificação

A campanha também trouxe inovações no modelo de identificação dos animais vacinados. Pela primeira vez no país, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) aprovou um sistema alternativo à tradicional marcação a fogo. Essa medida visa promover o bem-estar animal, aumentar a segurança no manejo e melhorar a produtividade.

Agora, animais vacinados com a vacina B19 receberão um botton amarelo, enquanto os imunizados com a vacina RB 51 serão identificados com um botton azul. Caso o botton seja perdido ou danificado, o produtor deverá solicitar nova aplicação ao veterinário responsável ou à Defesa Agropecuária.

Havendo impossibilidade de aquisição do botton, o animal deverá ser identificado de acordo com as normas do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT). Importante ressaltar que o uso do botton é válido apenas dentro do Estado de São Paulo, sendo vedado o trânsito de animais identificados com esse sistema alternativo para outros estados.

Impacto no setor agropecuário

Com essas mudanças, a Defesa Agropecuária busca modernizar o processo de vacinação contra a brucelose, assegurando maior controle e rastreabilidade do rebanho paulista, além de fomentar boas práticas no manejo dos animais. Produtores e veterinários devem estar atentos às novas diretrizes para garantir a efetividade da campanha e a conformidade com as exigências legais.
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