14/11/2024 às 16:27

Capacidade de armazenagem no Brasil cresce 5,4% no primeiro semestre de 2024, aponta IBGE

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A capacidade de armazenamento no Brasil atingiu 222,3 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2024, registrando um aumento de 5,4% em relação ao semestre anterior, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa também aponta um acréscimo de 3,5% no número de estabelecimentos, totalizando 9.424 unidades em operação.

O estado com maior capacidade de armazenagem é o Mato Grosso, com 59,2 milhões de toneladas, enquanto o Rio Grande do Sul lidera em número de estabelecimentos, com 2.444 unidades. O crescimento foi registrado em todas as Grandes Regiões do país, sendo mais expressivo no Norte (24%), seguido pelo Centro-Oeste (5,5%) e Nordeste (3,3%).

Armazenagem por Tipo de Estrutura

Os silos continuam predominando no Brasil, com uma capacidade de 117,5 milhões de toneladas, correspondendo a 52,9% da capacidade total, e registraram um aumento de 6,8% em relação ao semestre anterior. Esse tipo de armazenamento é majoritariamente concentrado no Sul, que detém 65,1% da capacidade armazenadora da região e representa 44,4% da capacidade total nacional.

Os armazéns graneleiros e granelizados possuem uma capacidade de 80,9 milhões de toneladas, ou 36,4% do total, e apresentaram alta de 4%. O Centro-Oeste lidera com 50,7% desse tipo de armazenamento, refletindo o perfil da região, onde grandes propriedades do agronegócio demandam estruturas de grande porte para estocar grãos.

Já os armazéns convencionais, estruturais e infláveis, com uma capacidade de 23,9 milhões de toneladas (10,7% do total), tiveram um acréscimo de 3,3%. Eles são predominantes no Sul e Sudeste, regiões importantes na produção de arroz e café, armazenados em sacarias.

Estoques de Produtos Agrícolas Aumentam 15,5%

O volume estocado de produtos agrícolas alcançou 87,9 milhões de toneladas, um aumento de 15,5% em comparação com o mesmo período de 2023. Entre os principais produtos armazenados, a soja lidera com 43,3 milhões de toneladas, seguida pelo milho (32,7 milhões), arroz (5,0 milhões), trigo (2,6 milhões) e café (0,8 milhão), representando 96,1% do total estocado. Destaca-se o crescimento dos estoques de milho (91,4%) e arroz (2,4%), enquanto a soja, trigo e café apresentaram queda nos volumes estocados.
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