25/10/2024 às 14:58

Chuvas impulsionam semeadura da primeira safra, mas desafios persistem em regiões específicas, aponta Conab

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O retorno das chuvas nas primeiras semanas de outubro nas principais regiões produtoras do Brasil marcou o início do plantio da primeira safra em vários estados, conforme aponta o Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), divulgado nesta quinta-feira (24) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A precipitação foi intensificada e melhor distribuída na terceira semana do mês, reduzindo o déficit hídrico no solo em áreas do Norte, Centro-Oeste e Sudeste.

Contudo, a região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) ainda enfrenta restrições hídricas, especialmente para a semeadura em áreas não irrigadas, refletindo o desafio da irregularidade das chuvas na área.

Apesar do atraso inicial na semeadura da soja, o índice de vegetação da safra atual mostra melhora em regiões como o Norte de Mato Grosso e Oeste do Paraná, onde o clima mais favorável impulsionou o avanço do plantio. Em contraste, o Sul de Goiás e o Sudoeste de Mato Grosso do Sul ainda enfrentam dificuldades com o atraso das chuvas, o que limitou o desenvolvimento das lavouras de soja.

No Sul do país, as chuvas foram regulares, mas intensas, causando danos em algumas áreas de trigo. Santa Catarina e Rio Grande do Sul apresentam boas condições para as lavouras, enquanto o Paraná registrou irregularidade nas chuvas e altas temperaturas, fatores que prejudicaram o desenvolvimento.

Publicada mensalmente, a análise do BMA é fruto da colaboração entre a Conab, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam), além de dados coletados em campo. O relatório destaca o papel crucial das condições climáticas e da gestão hídrica para a temporada de plantio, com a expectativa de que as chuvas sejam mantidas nas próximas semanas para sustentar o desenvolvimento das lavouras em todo o Brasil.
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