Em agosto, a oferta de banana prata esteve bastante restrita nas principais regiões produtoras do País, como o Norte de Minas Gerais e Bom Jesus da Lapa, na Bahia. As condições climáticas desfavoráveis, incluindo uma longa estiagem e diversas ondas de calor, agravaram a pressão de doenças como o mal-do-panamá, afetando especialmente a variedade prata. Como resultado, os preços dispararam, alcançando níveis recordes.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), entre janeiro e fevereiro, essas regiões enfrentaram chuvas volumosas, seguidas por uma prolongada estiagem a partir de meados de maio.

Apesar da irrigação predominante nessas áreas, os estresses térmicos e hídricos contribuíram para a disseminação da doença, resultando em uma oferta limitada de bananas prata no mercado. Em agosto, o preço da banana prata anã de primeira qualidade no Norte de Minas Gerais atingiu uma média de R$ 5,22/kg, um aumento de 48% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse valor representa a maior média real registrada para o mês na série histórica do Hortifrúti/Cepea, que começou em 2001.

No acumulado de janeiro a agosto, o preço real também foi recorde, com uma média de R$ 4,95/kg. Produtores do Norte de Minas Gerais e do oeste da Bahia indicam que não há expectativas de aumento significativo no volume de produção da banana prata em 2024, com melhorias previstas apenas para 2025.