27/11/2023 às 08:50
Clima impacta produtividade da safra de soja em até 17% em algumas regiões
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Em razão da irregularidade na distribuição das chuvas, a safra brasileira de soja 2023/24 deve sofrer expressivas quebras. Segundo estimativas do Sistema de Suporte à Decisão na Agropecuária (SISDAGRO) do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), perdas da ordem de 4% a 5% já podem ser identificadas nas simulações de produtividade que consideram como fonte o balanço hídrico.Considerando um solo de textura média e uma soja com 120 dias de ciclo, com emergência no dia 10 de outubro, a perda estimada já é de 13%. Se considerarmos o plantio no dia 1º de outubro, esse valor salta para 17,38% na cidade de Catalão (GO).Em algumas regiões do Mato Grosso, maior produtor nacional de soja, a situação é crítica: várias cidades registraram volumes muito reduzidos de precipitação desde o início da safra, e os sinais da deficiência hídrica já são perceptíveis. “Em Nova Ubiritã (MT), por exemplo, o total acumulado desde o dia 15 de setembro é de apenas 244,8 mm segundo dados do Inmet. Se consideramos somente a precipitação ocorrida em novembro, esse valor cai para 86 mm”, aponta o diretor da ignitia Inteligência Climática, João Rodrigo de Castro.Este mesmo cenário de chuvas irregulares é observado em outras regiões, com impacto importante em várias culturas, incluindo especialmente soja. Os dados de Catalão, no sudeste Goiano são ainda piores: desde o dia 15 de setembro, choveu apenas 133 mm e se considerarmos somente as chuvas mais recentes, ocorridas no mês de novembro, esse total é de apenas 29,6 mm.
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