A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou da reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Cacau e Sistemas Agroflorestais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nesta terça-feira (8). O encontro debateu, entre outros temas, o monitoramento e a erradicação da monilíase do cacaueiro, uma praga que tem preocupado o setor desde sua identificação no Brasil, em 2021.

A monilíase, causada pelo fungo Moniliophthora roreri, foi detectada pela primeira vez no Acre e, desde então, o Ministério tem implementado ações para conter sua disseminação, evitando que o fungo atinja áreas comerciais. O foco mais recente da praga foi identificado em Urucurituba (AM), e a Secretaria de Defesa Agropecuária segue monitorando e realizando ações nas áreas afetadas.

Guilherme Moura, presidente da câmara setorial, ressaltou os desafios que a cacauicultura nacional enfrentou, especialmente com a vassoura-de-bruxa nos anos 90, e destacou que, atualmente, a cadeia produtiva está mais integrada e consciente dos riscos que a disseminação de uma nova doença pode causar.

Letícia Barony, assessora técnica da CNA, enfatizou o empenho de toda a cadeia produtiva em orientar os produtores sobre as medidas de prevenção, como o controle no trânsito de frutos e a classificação de amêndoas, principalmente em áreas próximas aos focos da praga. Ela reforçou que essas orientações são direcionadas também à população geral.

Outro ponto abordado foi o fomento ao desenvolvimento de novas tecnologias para a cadeia do cacau, como o desafio tecnológico promovido pelo Sistema Faeb/Senar, que busca soluções inovadoras para combater a quebra da produção de cacau. Além disso, o encontro também tratou de questões como ampliação do acesso ao crédito rural, assistência técnica e agregação de valor à produção de cacau.