19/04/2024 às 09:00

Colheita da soja se aproxima de 50% da área cultivada no RS

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As condições climáticas mais secas dos últimos períodos permitiram o aumento da colheita da soja no Rio Grande do Sul, que passou de 38% para 49% do total cultivado na safra 2023/2024, que é de 6.681.716 hectares, com grãos com teor de umidade próximas ao ideal.

De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (18) pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), a colheita avançou de forma mais expressiva nas regiões Norte e Oeste do estado, onde foram colhidos 70%; já no Sul e Leste, a taxa média atinge 30%.

Restam consideráveis extensões de lavouras de soja por colher, especialmente na metade Sul do estado, onde o ciclo da oleaginosa foi encerrado. Caso o excesso de umidade se prolongue, esses grãos ficarão suscetíveis a perdas pós-maturação, tais como apodrecimento, infestação fúngica, germinação prematura e debulha causada pela oscilação entre a secagem e o umedecimento das vagens.

Além de possível impacto negativo na produtividade, há riscos relacionados à operação mecanizada de colheita em terrenos excessivamente úmidos, bem como dificuldades logísticas para o transporte dos grãos até os pontos de armazenamento e comercialização, dada as precárias condições de tráfego nas estradas secundárias, que apresentam acumulação de barro.

A produtividade apresenta variação, mas, em sua maioria, continua excedendo as expectativas iniciais. Essa considerável variabilidade está atribuída, entre outros fatores, ao índice pluviométrico ocorrido durante o ciclo reprodutivo. Observou-se redução significativa desse índice no Sudeste do Estado e, em menor medida, no Noroeste; nas demais regiões, o volume de chuvas foi suficiente. A intensidade da infestação de doenças no final do ciclo também impactou esses resultados. A produtividade média estimada para o Estado é de 3.339 kg/ha.

Em relação ao manejo fitossanitário, continuaram as pulverizações com fungicidas, aproveitando as breves janelas climáticas favoráveis, nas lavouras de ciclo mais longo, semeadas no final de janeiro. Essas aplicações visaram proteger as lavouras contra ferrugem-asiática e outras doenças até o encerramento do ciclo, previsto para o final de abril.
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