De 1º a 20 de fevereiro, o preço da batata lavada tipo ágata registrou um recuo de 9,27% em relação ao mês de janeiro, sendo comercializada a R$ 115,51/saca de 25 kg na média das lavouras do País – ponderada pela classificação. A principal razão é que há mais área colhida frente ao mês passado, informa o HF Brasil.

Em janeiro, os preços do produto apresentaram um aumento expressivo, impulsionados pela escassez de oferta diante do excesso de chuva entre setembro e novembro em Ibiraiaras e Bom Jesus (RS), Água Doce (SC) e no PR, que dificultou os plantios e gerou uma lacuna no calendário de oferta. A fase de enchimento dos tubérculos e a fitossanidade das lavouras também foram prejudicadas pela alta umidade – esse cenário, somado ao calor excessivo, resultou em produtividade significativamente menor.

Já no Cerrado Mineiro foi a falta de chuva e as elevadas temperaturas que prejudicaram a produtividade, havendo menor calibre das batatas colhidas, além de elevar a incidência de pragas e causar problemas de pele em boa parte da produção. No entanto, em fevereiro, já se tem notado um cenário diferente, apesar desses fatores ainda exercerem influência na produção e nos valores de comercialização do produto.

De acordo com produtores consultados pelo Hortifrúti/Cepea, com a diminuição das chuvas nas regiões sulistas e o aumento nas regiões mineiras desde o fim de janeiro, a expectativa é de que as próximas áreas a serem colhidas apresentem melhores resultados. Dessa forma, a oferta deve aumentar gradualmente, o que tende a reduzir cada vez mais os preços.

Neste mês, as regiões produtoras do Paraná (Irati, Ponta Grossa, São Mateus do Sul e Curitiba) e Ibiraiaras (RS) intensificam os plantios da safra das secas 2024, já que em função do clima predominantemente quente e seco em janeiro, as atividades produtivas foram temporariamente interrompidas. Também neste mês, as praças do Sudoeste Paulista e de Cristalina (GO) iniciam os cultivos da temporada das secas.