A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta quinta-feira (22), o 2º Levantamento da Safra 2024/2025, estimando a produção brasileira de cana-de-açúcar em 689,8 milhões de toneladas. Se confirmada, essa será a segunda maior colheita da série histórica, apenas atrás da safra anterior.

A área destinada à cana para colheita aumentou em 3,5%, totalizando 8,63 milhões de hectares. Contudo, a produção deve cair 3,3%, principalmente devido à redução na produtividade, que deve ser de 79.953 quilos por hectare, uma queda de 6,6%. Os baixos índices de chuvas e as altas temperaturas na região Centro-Sul do país são os principais fatores que impactam a produção.

Na região Sudeste, responsável por 64,2% da produção nacional, a colheita é estimada em 442,8 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 5,6% em relação à safra anterior. São Paulo, em particular, enfrentou uma redução de 27,22 milhões de toneladas, com a produtividade média caindo para 82.879 quilos por hectare, uma diminuição de 9,9% devido à grave falta de água no solo.

Em contrapartida, a região Centro-Oeste deve apresentar uma safra de 149,17 milhões de toneladas, um aumento de 2,8% em comparação ao ciclo passado. A produtividade média deve se manter estável em 81.577 kg/ha, impulsionada pela ampliação da área cultivada.

As regiões Norte e Nordeste também devem registrar crescimento na produção. O Nordeste estima uma colheita de 59,62 milhões de toneladas, um aumento de 5,6%, enquanto o Norte deve produzir 4,04 milhões de toneladas, uma alta de 2,6% em relação à safra anterior.

No Sul, a produção está prevista em 34,21 milhões de toneladas, refletindo uma redução em relação ao ciclo anterior devido à queda na produtividade e área cultivada.