A safra de café de 2024 no Brasil está estimada em 54,79 milhões de sacas beneficiadas, uma redução de 0,5% em relação a 2023, conforme o terceiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As condições climáticas adversas, como estiagens e chuvas mal distribuídas, influenciaram negativamente a produtividade das lavouras, frustrando as expectativas iniciais.

Apesar disso, a produção de café arábica deve crescer 1,7%, com uma estimativa de 39,59 milhões de sacas. Minas Gerais, principal estado produtor, deve colher 27,69 milhões de sacas, uma queda de 3,4% devido à seca e altas temperaturas. Em contrapartida, São Paulo deverá registrar um aumento de 8,2% na produção, com 5,44 milhões de sacas.

Por outro lado, o café conilon deve sofrer uma queda de 6%, totalizando 15,2 milhões de sacas. O Espírito Santo, maior produtor de conilon, verá uma redução de 1,9%, enquanto Rondônia e Bahia enfrentam quedas mais expressivas, de 16,4% e 13,3%, respectivamente.

O Brasil, maior produtor mundial de café, continua a ver preços atrativos no mercado, impulsionados pela oferta limitada global e alta demanda. As exportações de café brasileiro cresceram 40,1% de janeiro a agosto de 2024, totalizando 32,1 milhões de sacas, o maior volume já registrado no período, com expectativas de um possível recorde anual.

Esse cenário reflete a resiliência do setor cafeeiro, mesmo diante de desafios climáticos, mantendo o país em posição de liderança nas exportações globais.