06/11/2023 às 14:49
Consumo de produtos orgânicos cresce 16%
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O Panorama do Consumo de Orgânicos no Brasil 2023, pesquisa realizada pela Organis, revelou em sua mais recente edição que o consumo de produtos orgânicos obteve crescimento de 16% no número de consumidores. A pesquisa traz um detalhado diagnóstico sobre os hábitos dos consumidores dos orgânicos.A pesquisa, bianual e também reconhecida como material de consulta pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, foi idealizada e encomendada pela Organis, Associação de Promoção dos Orgânicos, à Brain Inteligência Estratégica, que realizou a pesquisa, viabilizada graças à parceria da Organis com a BioBrazil Fair, Mercado Diferente e QIMA IBD. Com uma visão contemporânea, mas sem abandonar valores e conhecimentos de sua origem, a Organis promove, desenvolve e representa o movimento empresarial deste setor, fomentando ainda toda essa cadeia produtiva.Segundo o Panorama, o fortalecimento do hábito de consumir produtos orgânicos contou com outros fatores, além da consciência do bem-estar proporcionado por eles. De 2021 para 2023, cresceu de maneira significativa a importância da aparência dos produtos como critério de escolha, mantendo-se, na sequência, critérios como o preço e a embalagem.“No auge da pandemia, foi registrado um crescimento robusto no consumo de produtos orgânicos, nada mais do que natural, já que poucos saíam de casa nesse período, hábito fortalecido com o advento do home-office. Ao ficarem mais em casa, as pessoas passaram a prestar mais atenção na qualidade dos ingredientes das refeições”, explica Cobi Cruz, diretor-executivo da Organis, idealizador e coordenador da série de pesquisas.“Mas a grata surpresa trazida pelos dados da edição mais recente é que esse consumo cresceu, mesmo com a flexibilização da quarentena. Os números comprovam que, ao voltar à rotina anterior, as pessoas mantiveram o consumo de orgânicos; o que se deve à percepção de que esses produtos beneficiam a saúde e o meio-ambiente. É o avanço constante do que definimos como Atmosfera Orgânica, que concentra nossa visão de que a sustentabilidade é a melhor opção para os negócios do futuro, talvez a única.”Comparando números do último panorama de 2021 para esse atual de 2023, verifica-se que cresceu de maneira significativa a importância da aparência dos produtos como critério de escolha, mantendo-se, na sequência, critérios como o preço e a embalagem. “Consumidores novos elogiaram a forma de apresentação das frutas e verduras orgânicas nos pontos de venda, classificada como ‘bonita’, uma clara valorização dos esforços do setor no aspecto da comunicação visual em relação ao passado recente”, analisa Cobi, que tem 30 anos de trabalho no setor de orgânicos nacional e internacional.Há uma avenida de crescimento para a indústria de orgânicos, mostra a pesquisa. Segundo o levantamento, 54% dos que se declararam consumidores usuais apontaram o fator preço como o principal motivo para não consumirem orgânicos em maior quantidade. Desses, um percentual significativo, 43% dos entrevistados, declara que está muito disposto a aumentar o consumo. Entre os não-consumidores de orgânicos, 13% disseram estar muito dispostos a passar a consumir.Uma das principais informações trazidas pela edição 2023 do Panorama foi que 36% dos brasileiros declararam-se consumidores de orgânicos. Trata-se de uma grande conquista, dadas às incertezas econômicas enfrentadas pelo Brasil ao longo de 2021 e 2022, que fizeram aumentar a percepção de que os produtos orgânicos são mais caros. Uma das explicações para o fenômeno é que a maioria dos consumidores de orgânicos considera que existem boas razões para os preços mais elevados dos produtos e acham razoável pagar em torno de 20% a mais pelos produtos, em relação aos convencionais.“A boa perspectiva, que virá na esteira da intenção dos pesquisados em aumentar o consumo de produtos orgânicos, é que, com sua popularização, a tendência é que os preços se tornem mais atraentes e mais empresas e produtores entrem nesse circuito”, argumenta Cobi. “Com o aumento da escala, os custos são diluídos, alimentando um círculo virtuoso que o setor precisa bem aproveitar, investindo em inovação, design e, sobretudo, presença e comunicação para credibilidade, valorização com informação do valor que essa cadeia entrega ao meio ambiente, e a saúde humana.”
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