07/10/2024 às 09:06

Cotações do milho avançam e retomam patamar de janeiro deste ano; óleo de soja registra maior valor desde fevereiro de 2023

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O movimento de alta nos preços do milho tem ganhado força no início de outubro, com o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas-SP) voltando a níveis nominais observados em janeiro de 2024. Segundo o Cepea/Esalq, essa elevação é impulsionada pela retração dos produtores, que estão reduzindo a oferta no mercado à vista (spot) devido à expectativa de maiores valorizações. O clima quente e seco no Centro-Oeste, região atualmente em fase de semeadura da safra de verão, também está contribuindo para essa perspectiva de preços mais altos.

Do lado da demanda, parte dos consumidores tenta recompor estoques, mas enfrenta resistência em função dos preços mais elevados que estão sendo pedidos pelos produtores. Essa dinâmica de menor oferta e demanda por reposição de estoques está sustentando a alta nos preços.

Além do milho, o óleo de soja também apresentou elevação em setembro, com o preço médio na região de São Paulo atingindo R$ 6.413,71/tonelada, o maior valor desde fevereiro de 2023. Esse aumento, de 1,5% em relação a agosto, está relacionado à valorização do produto no mercado internacional e à maior demanda das indústrias de biodiesel e alimentos no Brasil. Na última semana, essa alta foi ainda intensificada pelos prêmios de exportação de óleo de soja, que, baseados no porto de Paranaguá (PR) para embarque em outubro de 2024, foram ofertados entre 4 e 6,5 centavos de US$/libra-peso. Esses prêmios são os mais altos para o período desde 2020, refletindo uma maior competitividade do produto brasileiro no mercado global.
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