A CropLife Brasil (CLB) realizou, em Brasília, o Fórum Bioinsumos Brasil: Inovação para um Futuro Sustentável, reunindo autoridades e especialistas para debater o impacto dos produtos biológicos na agricultura nacional. Durante o evento, foram apresentados dados sobre o setor, incluindo um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e projeções de mercado para a safra 2024/2025. O fórum discutiu os desafios e oportunidades dos bioinsumos como aliados para práticas agrícolas de baixo impacto.

Na abertura, Geraldo Alckmin, Vice-Presidente e Ministro do MDIC, ressaltou a importância dos bioinsumos para uma economia mais sustentável, mencionando os benefícios para saúde, meio ambiente e produtividade. Segundo Alckmin, a adoção dos bioinsumos não substitui completamente os métodos tradicionais, mas permite uma integração que potencializa a sustentabilidade.

O deputado Zé Vitor (PL-MG), autor do Projeto de Lei nº 658/2021 que visa regulamentar os bioinsumos no Brasil, destacou a importância da aprovação da lei para consolidar o país como líder em práticas agrícolas sustentáveis. Ele mencionou a conclusão do texto e a expectativa de apoio do governo para a sanção. Já o deputado Nilto Tatto (PT-SP), coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, frisou o papel do Estado na regulamentação, aproveitando o potencial territorial e a biodiversidade do Brasil para fortalecer o setor.

O diretor-presidente da CropLife Brasil, Eduardo Leão, reforçou o objetivo do fórum de promover diálogo e transparência sobre os bioinsumos entre líderes e formadores de opinião. Durante o evento, Lana Canepa (BAND) conduziu as discussões, que contaram com a presença de autoridades e representantes do setor privado e público.

Um estudo do Observatório de Bioeconomia da FGV apontou que, apesar dos avanços, o setor de bioinsumos enfrenta desafios como a capacitação técnica e a necessidade de maior investimento em P&D. Segundo a CropLife, a área potencial tratada com bioinsumos pode atingir 155,4 milhões de hectares na safra 2024/2025, representando um crescimento de 13% sobre a safra anterior.

Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura e professor emérito da FGV, comparou o agronegócio brasileiro a um "time" onde o produtor rural atua como atacante, destacando o papel dos bioinsumos como uma estratégia adicional para promover empregos, riqueza e segurança alimentar.