29/10/2024 às 16:35

Desafios e perspectivas para o setor lácteo brasileiro em 2025

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O setor lácteo no Brasil enfrenta expectativas positivas para 2025, mas com desafios importantes para manter sua rentabilidade a longo prazo, conforme discutido em reunião do Conseleite na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS). O economista e pesquisador Glauco Carvalho, da Embrapa Gado de Leite, destacou que a estabilidade atual nos preços do leite é sustentada por um crescimento econômico de 3% do PIB, apoiado por maior crédito, consumo familiar e investimentos públicos. No entanto, Carvalho alertou sobre a necessidade de mais investimentos para consolidar o desenvolvimento no setor lácteo e manter competitividade no mercado interno.

As importações de lácteos aumentaram 6% de janeiro a setembro de 2024, um reflexo da competitividade do leite importado, que chega ao Brasil a preços mais baixos. O leite em pó nacional custa cerca de R$ 27,87, enquanto o importado fica em torno de R$ 20,28. Apesar de medidas governamentais para limitar as importações, produtos estrangeiros continuam a entrar no Brasil, impactando a participação da produção nacional no abastecimento interno.

Caminhos para o fortalecimento do setor

Guiherme Portella, presidente do Sindilat/RS, sugere que uma das saídas para o setor é reduzir os custos de produção, criando um modelo competitivo semelhante ao da avicultura brasileira, que consolidou sua expansão através de eficiência. Valorizar produtores que operam de forma eficiente, independentemente de seu tamanho, é essencial para equilibrar o setor.

Carvalho também destacou o potencial do mercado interno e a importância de explorar nichos com valor agregado, especialmente focados no público mais velho, uma faixa crescente na demografia brasileira. A inovação e a diversificação dos produtos para diferentes faixas de renda e idade surgem como estratégias promissoras para aumentar a competitividade e abrir novos mercados, reforçando a necessidade de adaptação às demandas e preferências dos consumidores brasileiros.
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