No Rio Grande do Sul, a sequência de eventos climáticos em setembro afetou várias regiões, com impacto na pesca artesanal.

Mais de 30 municípios gaúchos indicaram situações de vulnerabilidade para as famílias de
pescadores nas regiões de Lajeado, Bagé, Pelotas, Porto Alegre, Soledade e Santa Maria, aponta o primeiro levantamento realizado pela Emater/RS Ascar.

Em virtude das fortes chuvas e ventos, os pescadores enfrentaram dificuldades para armar e posicionar as redes – muitos não puderam navegar. Houve ainda relatos de danos a moradias, locais de desembarque, embarcações e equipamentos.

A atividade de pesca no mar também foi largamente impactada pelos efeitos do ciclone, com marés elevadas e agitação das águas, danificando numerosos cabos e petrechos utilizados pelos pescadores.



"Além disso, as redes sofreram avarias pela considerável acumulação de resíduos incidentais. A modalidade de pesca embarcada, especialmente por meio do uso de botes, foi considerada de alto risco devido às condições meteorológicas adversas, que resultou em redução significativa da captura de espécies, como abrótea, pescadinha, cascote e pescada, que são típicas desta época do ano, afetando, assim, o abastecimento do pescado no comércio", destaca o relatório semanal da Emater/RS Ascar.

Além dos prejuízos à atividade pesqueira, muitas famílias foram resgatadas de suas residências em razão de alagamentos ou da força dos ventos e chuvas. Emater/RS Ascar diz que está acompanhando a situação das famílias de pescadores artesanais em diferentes regiões e realizando o levantamento dos prejuízos.

"Todas as informações referentes aos danos causados pelos eventos climáticos estão sendo comunicadas à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e à Superintendência Estadual da Pesca, visando promover o auxílio necessário para mitigar a situação de vulnerabilidade dessas famílias e viabilizar a elaboração de políticas públicas que minimizem o abalo socioeconômico das comunidades pesqueiras gaúchas", ressalta o comunicado.