Março está sendo marcado por um significativo recuo nos preços da batata, mostra análise do HF Brasil, com base em dados do Cepea-Esalq/USP. Na parcial do mês (1° a 18), o preço do tubérculo lavado tipo ágata foi 25% menor do que o registrado em fevereiro, sendo comercializado a R$ 79,74/saca de 25 kg na média das lavouras do País.

Pressão pela maior área disponível para colheita em relação ao mês anterior, já que aproximadamente 20% da área total da temporada das águas foi programada para ser ofertada ao longo de março.

Em Água Doce (SC), por exemplo, os atrasos no plantio, causados pelas chuvas entre outubro e novembro do ano passado, resultaram em uma maior extensão de áreas destinadas à colheita neste mês. Na Chapada Diamantina (BA), apesar de haver produção todo o ano, os trabalhos foram intensificados ainda mais, resultando em uma oferta cerca de 20% maior do que a observada em fevereiro. Guarapuava (PR) também tem desempenhado um papel significativo na oferta, com expectativa de um aumento substancial a partir da última semana de março, quando a colheita da segunda parte da safra tiver início.

É válido ressaltar que outro fator que pressiona os preços é o cenário é a melhoria gradativa na produtividade e qualidade do produto, reflexo das condições climáticas mais favoráveis durante o período de desenvolvimento das áreas que estão sendo colhidas neste momento.

Assim, a previsão é de que a oferta de batata permaneça elevada até o fim do mês e também em abril.