A safra de melões do Vale do São Francisco (BA/PE) se iniciou de forma pouco habitual neste ano, mostra análise do HF Brasil, com base em pesquisa disponibilizada pelo Cepea-Esalq/USP.

Esse cenário se apresenta, porque as chuvas recorrentes desde a virada do ano fizeram com que os produtores atrasassem o plantio e até reduzissem. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o acumulado foi de 365,2 mm em Floresta (PE) de fevereiro até o dia 25 de abril, com maior volume de chuvas sendo registrado em março.

Produtores relataram ao Hortifrúti/Cepea que a umidade aumentou a aparição de doenças, como mancha aquosa (bacteriose), barriga d’água, míldio, cancro gomoso (fungos), e broca (inseto), patologias que podem impactar fortemente na produtividade, já que podem afetar processos físico-químicos da planta (como a fotossíntese) e a qualidade, ocasionando manchas e o amolecimento do fruto.

Além dessas ocorrências, o encharcamento do solo pode afetar a eficiência nutricional da planta, já que pode causar lixiviação.

Assim, em abril, ainda houve oferta controlada de melão na região - cenário que deve permanecer até meados de maio.