01/10/2024 às 15:09
Emater Goiás e Embrapa realizam pesquisa sobre o uso de bioinsumos no cultivo de arroz
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A Emater Goiás, em parceria com a Embrapa Arroz e Feijão, está conduzindo uma pesquisa na Estação Experimental de Porangatu, no norte de Goiás, sobre o uso de bioinsumos no cultivo de arroz. A pesquisa busca aumentar a resistência da cultura do arroz ao estresse hídrico, além de promover uma produção mais sustentável e segura.O objetivo central é validar as cultivares de arroz que apresentam melhor desempenho com o uso de inoculantes em solos com características específicas da região. Segundo o pesquisador Enderson Ferreira, a região de Porangatu é ideal para esses estudos devido ao seu clima quente e à ausência de chuvas durante a safra de inverno, permitindo o foco no estresse hídrico.Historicamente, o norte de Goiás foi um importante polo de produção de arroz, especialmente quando se utilizava a cultura para preparar a terra para outros cultivos. O arroz ainda é um alimento essencial no Brasil, e, como destaca o diretor de pesquisa Sérgio Paulo, esses estudos visam garantir o sucesso dos agricultores familiares por meio de cultivares mais resistentes a doenças e à falta de água.A pesquisa em Porangatu trabalha com três cultivares de arroz: Douradão (resistente ao estresse hídrico), BRS Esmeralda (suscetível ao estresse hídrico) e BRS A502 (moderna, ideal para cultivo sob pivô central). A pesquisa utiliza o MIX, um inoculante biológico composto por três tipos de bactérias que auxiliam no crescimento das plantas e na absorção de água e nutrientes. O MIX aumenta o tamanho e a eficiência das raízes, solubiliza fósforo e ajuda a planta a tolerar a falta de água.Além do MIX, outros dois inoculantes comerciais estão sendo testados: o BiomaPhós, que também solubiliza fósforo, e o Auras, que ajuda as plantas a tolerarem deficiência hídrica. A expectativa é que essas tecnologias beneficiem toda a cadeia produtiva do arroz, contribuindo para uma agricultura mais eficiente e sustentável.
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