08/12/2023 às 16:04
ESPECIAL: DDG já está incorporado à esteira de produção da indústria de alimentação animal
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O uso do DDG (Dried Distillers Grains, na sigla em inglês), grão de milho seco por destilação, originalmente sobra do cereal que foi usado para fabricação de etanol, vem crescendo como alternativa aos tradicionais farelos de soja e milho na alimentação animal, em particular na bovinocultura.Segundo Ariovaldo Zani, CEO do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), o DDG tem elevado valor proteico e já está incorporado à esteira de produção da indústria de alimentação animal do País. "Praticamente todo o DDG disponível o setor absorve", diz o dirigente, que acrescenta: "a ração de DDG, hoje disseminada na pecuária, vai chegar, em breve, também à avicultura e suinocultura".Nesta quinta-feira (7), o Sindirações divulgou suas estimativas para o fechamento do ano e as perspectivas do segmento em 2024. No geral, a previsão é finalizar 2023 com produção aproximada de 87 milhões de toneladas de rações e sal mineral e apurar incremento de quase 1,5% em relação ao ano passado.Para as projeções de 2024, Zani explica que a indústria de alimentação animal, modulada pelo desempenho da cadeia produtiva de proteína animal, “leva em conta as previsões preliminares disponibilizadas pelas entidades representativas dos produtores de carnes bovina, suína, aves, ovos e leite e exportadores e, diante deste quadro, a produção de rações deve avançar algo em torno de 2,5% no ano que vem".A maior preocupação no momento, pontua o dirigente, é com os impactos na produtividade da safra de grãos, devido às instabilidades climáticas provocadas pelo fenômeno climático El Niño. "O rendimento das lavouras preocupa. Áreas de soja estão tendo que ser replantadas, o que pode prejudicar a semeadura da 2ª safra de milho nas regiões onde ela é plantada. Este cenário pode acarretar em problemas de oferta de matéria-prima para a indústria de alimentação animal."
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