28/02/2024 às 16:07
ESPECIAL: Em dois anos de guerra entre Ucrânia e Rússia, quase todos perderam com o conflito, afirmam especialistas
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Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou uma “operação militar especial” na Ucrânia, que deu início a uma guerra com o país vizinho. Ao fazer o anúncio, Putin criticou as ações de Volodimir Zelensky, presidente da Ucrânia, contra a população local.Durante os primeiros dias do confronto armado, militares russos bombardearam a capital ucraniana, Kiev, e outras cidades na fronteira entre os dois países, como Kharkov. Desde então, a guerra foi marcada pelo avanço de tropas de Putin e a resistência e retomada de territórios por forças de Zelensky.O professor de relações internacionais da ESPM, Gunther Rudzit, comenta os resultados do embate que envolveu forças geopolíticas e econômicas. “Quem mais perdeu este conflito, sem dúvida alguma, foi a Ucrânia, com a perda de milhares de vidas, principalmente de jovens, custo muito alto para qualquer sociedade”, diz.Por outro lado, Leonardo Trevisan, professor de relações internacionais da ESPM, afirma que a Rússia também perdeu muito durante a guerra, visto que a imagem de forças armadas russas foi destruída diante da incapacidade de derrotar um inimigo mais fraco. “Sua economia está muito dependente da exportação de commodities, com todos os setores mais tecnológicos atingidos pelas sanções do Ocidente”, completa.Os especialistas da ESPM ainda comentam sobre as consequências da guerra para os outros países do mundo, como a China, por sofrer um cerco à transferência de tecnologia. “Especialmente na área de microchip liderado por Washington, a China encontrou dificuldade em avançar como líder mundial em tecnologia”, afirma Gunther Rudzit, da ESPM.A Europa também saiu perdendo, visto que sua economia se estagnou e sua competitividade foi abalada. E os Estados Unidos, que pareciam ser os únicos a estarem ganhando até poucos meses atrás, acabou tendo sua capacidade militar afetada. “Isso ocorreu por conta da crescente disfuncionalidade da política americana, em especial do partido republicano, que não teve aprovação de orçamento definitivo”, destaca Trevisan.
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