25/09/2024 às 10:52

Estudo indica que o Brasil pode deixar de emitir 18 milhões de toneladas de gás carbônico

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O Brasil tem o potencial de reduzir significativamente suas emissões de carbono com o uso de bioinsumos no lugar de fertilizantes minerais nas plantações de gramíneas, como aponta um estudo apresentado pela pesquisadora Luana Nascimento, do Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos e Fibras. Segundo a pesquisa, essa substituição poderia evitar a emissão de 18 milhões de toneladas de gás carbônico.

As gramíneas, como trigo, milho e aveia, são fundamentais para a produção de alimentos e energia. O estudo revelou que, ao substituir fertilizantes minerais por bioinsumos que promovem a fixação biológica de nitrogênio e a solubilização de fósforo e potássio no solo, o Brasil poderia não apenas reduzir o impacto ambiental, mas também economizar US$ 5,1 bilhões anualmente.

Os fertilizantes minerais, amplamente utilizados, são em grande parte importados e responsáveis por emissões significativas de gases de efeito estufa, como o óxido nitroso. Com a transição para bioinsumos, além de reduzir emissões, o Brasil também diminuiria a adição de 7 milhões de toneladas de nitrogênio no ambiente.

A pesquisa, que envolveu análise de mercado e tecnologia, destacou que 63% dos bioinsumos no mercado brasileiro têm como base a bactéria Azospirillum brasilense, e sugere uma grande oportunidade para o país se manter na vanguarda do desenvolvimento e uso de bioinsumos. Promovido em colaboração com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o estudo reforça o papel do Brasil na promoção de práticas agrícolas mais sustentáveis e inovadoras.
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