As exportações brasileiras de carne bovina in natura mantêm-se aquecidas em 2024, contribuindo para a elevação dos preços no mercado interno. De janeiro a setembro, o Brasil registrou um crescimento de 30% no volume de carne bovina embarcada em comparação ao mesmo período de 2023, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) analisados pelo Cepea/Esalq. A baixa oferta de gado para abate, impulsionada pelo tempo seco e pela falta de pasto, tem mantido as cotações em alta, tanto em São Paulo quanto em outras regiões. Animais criados no pasto têm enfrentado dificuldades para atingir o peso necessário, enquanto bois confinados estão, em sua maioria, já reservados para frigoríficos.

As vendas de carne suína, por sua vez, após uma queda em agosto, mostraram recuperação em setembro. Segundo o centro, o Brasil exportou 119 mil toneladas de carne suína no mês passado, um aumento de 1,7% em relação a agosto e 7% a mais que o volume de setembro de 2023. No acumulado de 2024, as exportações somaram 980,2 mil toneladas, um crescimento de 7,7% em comparação com o mesmo período do ano passado. O crescimento das exportações de carne suína tem sido impulsionado pela demanda crescente de países asiáticos, como Filipinas e Japão.

No mercado interno, os preços do suíno vivo apresentam comportamentos variados nas diferentes regiões acompanhadas pelo Cepea no início de outubro.