15/03/2024 às 15:13
Exportações catarinenses de carnes crescem 9,1% no 1º bimestre
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No acumulado do primeiro bimestre, Santa Catarina exportou 303,5 mil toneladas de carnes (frangos, suínos, perus, patos e marrecos, bovinos, entre outras), alta de 9,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já as receitas geradas com a exportação catarinense de carnes, no acumulado dos dois primeiros meses do ano, foram de US$ 597,6 milhões, queda de 4,7% na comparação com o primeiro bimestre de 2023. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) e disponíveis no Observatório Agro Catarinense.O motivo do resultado positivo na quantidade exportada foi o crescimento dos embarques para os principais países compradores de carne de frango e suína. Uma das poucas exceções foi a China, que registrou queda expressiva nas aquisições de carne de frango (-31,1% em quantidade e -47,7% em receitas) e de carne suína (-40% em quantidade e -53,4% em receitas), na comparação do primeiro bimestre de 2024 com o mesmo período de 2023.Conforme o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Alexandre Giehl, dois fatores podem ter sido os que mais influenciaram esse decréscimo nos embarques para a China. O primeiro deles é a expansão da pecuária no país asiático que, até o final de 2023, vinha aumentando a produção interna de carne. O segundo fator é o fim da tarifa extra que a China vinha cobrando da carne de frango brasileira desde 2019. “Como o governo chinês já sinalizava mudanças na taxação, é possível que muitos importadores tenham postergado suas aquisições”, comenta o analista.Mesmo com a redução, a China se mantém como principal destino das exportações catarinenses de carne suína, embora com uma participação menor no faturamento do que há um ano. No primeiro bimestre de 2024, 23% das receitas dos embarques do Estado foram geradas com as vendas para a China. No primeiro bimestre de 2023, essa participação era de 51,8%. O país também ficou em quinto no ranking dos principais destinos das exportações catarinenses de carne de frango.Já a redução no faturamento com a exportação de carne, nos primeiros dois meses de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado, deve-se, principalmente, à redução do preço da carne de frango no mercado internacional. Giehl explica que, segundo cálculos realizados pela Epagri/Cepa, o valor médio da carne de frango in natura exportada por Santa Catarina em janeiro deste ano foi 13,2% menor do que o registrado no mesmo mês de 2023.:: Desempenho das exportações em fevereiroSanta Catarina exportou 92,3 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada) em fevereiro de 2024, alta de 1,8% em relação aos embarques do mês anterior e de 16,5% na comparação com os de fevereiro de 2023. As receitas, por sua vez, foram de US$ 175,2 milhões, crescimento de 5,1% em relação às do mês anterior e de 2,3% na comparação com as de fevereiro de 2023. O Estado foi responsável por 25% das receitas geradas pelas exportações brasileiras de carne de frango nos dois primeiros meses de 2024.Com exceção da China, quase todos os principais compradores da carne de frango catarinense ampliaram a quantidade embarcada no primeiro bimestre, em comparação com os dois primeiros meses de 2023. Os embarques para o Japão cresceram 36,8%, para os Países Baixos 22,2% e para os Emirados Árabes Unidos 17,9%.A quantidade de carne suína exportada por Santa Catarina em fevereiro chegou a 53,5 mil toneladas (in natura, industrializada e miúdos), queda de 1,2% em relação aos embarques do mês anterior, mas alta de 25,4% na comparação com os de fevereiro de 2023. As receitas de fevereiro foram de US$ 119,4 milhões, crescimento de 2,3% na comparação com as do mês anterior e de 16,6% em relação às de fevereiro de 2023.Quase todos os principais destinos ampliaram suas aquisições em relação ao primeiro bimestre de 2023, destacando-se: Filipinas (altas de 176,2% em quantidade e de 173,3% em receitas); Chile (28,0% e 17,9%); Japão (134% e 124,2%) e Coreia do Sul (223,4% e 152,7%). Santa Catarina foi responsável por 57% da quantidade e 59,1% das receitas das exportações brasileiras de carne suína nos dois primeiros meses do ano.
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