23/10/2023 às 16:45
Faesc demonstra preocupação com a escassez de milho em Santa Catarina
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Diante de uma constante queda na produção, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, demonstrou preocupação com uma possível escassez de milho no estado.Na safra 2004/2005, os produtores catarinenses cultivavam 800 mil hectares com milho e colheram 4 milhões de toneladas do grão. Na safra 2022/23, a semeadura no estado caiu para 550 mil ha, e a produção deverá ficar entre 2,8 e 3 mi de t.O movimento decrescente também é projetado para a safra 2023/24, com a previsão de diminuição de 5% na área plantada e, consequentemente, na produção final.O milho é uma das principais matérias-primas para o funcionamento das cadeias produtivas da avicultura, suinocultura e bovinocultura. Por isso, o sucesso ou o fracasso da cultura do cereal reflete diretamente na economia catarinense, importante produtor de proteína animal.Pedrozo também apoiou a construção de uma ferrovia ligando Chapecó (SC) a Cascavel (PR). Chamada de Nova Ferroeste, a futura via férrea prevê, também, a ligação de Cascavel (PR) a Maracajá (MS), constituindo assim o “corredor do milho” e permitindo a transferência do grão do Centro-Oeste brasileiro a Santa Catarina. A Faesc também defende a ferrovia leste-oeste, em território catarinense, ligando a região produtiva (grande oeste) com os portos marítimos (litoral).“Obter a autossuficiência catarinense é uma meta muito difícil, mas poderíamos assegurar o abastecimento, trazendo o milho do Centro-Oeste com o suporte da ferrovia,” disse Pedrozo.
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