20/02/2025 às 14:18

Feijão guandu adaptado ao Semiárido pode reduzir custos de alimentação de rebanhos

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Pesquisadores da Embrapa Caprinos e Ovinos (CE) trabalharam, nos últimos três anos, na avaliação de cultivares de feijão guandu, já disponíveis no mercado, que sejam adaptados às condições do Semiárido brasileiro e, ao mesmo tempo, proporcionem aos produtores maior economia com a alimentação dos rebanhos de caprinos, ovinos e até bovinos.

A pesquisa apontou o cultivar comercial 'Super N' como o mais indicado, com produtividade média de matéria seca de forragem acima de 6,2 mil kg/ha.

A pesquisa foi realizada a campo em áreas experimentais de parceiros da Embrapa em três locais diferentes: Sobral (CE), Boa Viagem (CE) e Sumé (PB). Os três apresentam clima semiárido quente, com período chuvoso de fevereiro a junho, com pluviosidade média variando entre 400 e 800 mm.

Foram estudadas quatro cultivares comerciais (já disponíveis no mercado) e 17 genótipos experimentais elites (materiais com potencial para se tornarem cultivares comerciais). Os pesquisadores avaliaram três principais características: dias de florescimento, altura da planta e estimativa da produtividade de grãos. O intuito foi identificar os genótipos mais estáveis frente às mudanças do ambiente.

Os 21 genótipos apresentaram produtividade média de matéria seca de forragem entre 4,6 e 9 mil kg/ha. Em outras pesquisas, a cultivar de guandu Taipeiro, com possibilidade de uso no Semiárido, produziu 2,49 mil kg/ha. Assim, os genótipos estudados pelos pesquisadores da Embrapa superaram em mais de 2 mil kg/ha a produtividade do guandu Taipeiro.

Todas as quatro cultivares comerciais avaliadas apresentaram produtividade média de matéria seca acima de 5 mil kg por hectare; todavia, as que melhores se adaptaram às condições ambientais do Semiárido foram as cultivares Super N e Iapar 43. Ambas com produtividade média de matéria seca acima de 5,7 mil kg/ha, além de maior produtividade de grãos. Nesse aspecto, a Super N é 16% mais produtiva que a Iapar 43.

A pesquisa conduzida pela Embrapa Caprinos e Ovinos (CE) contou com a parceria da Embrapa Pecuária Sudeste (SP), dos campi de Boa Viagem e de Crateús do Instituto Federal do Ceará (IFCE) e do campus de Sumé (PB) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
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