11/12/2023 às 13:12

Governo de MS inicia projeto para inserir agricultura familiar no mercado de créditos de carbono

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O governo do Mato Grosso do Sul vai inserir a agricultura familiar do estado no mercado de créditos de carbono e no rol de atores fundamentais para a meta do Carbono Neutro até 2030. Foi assinado na quinta-feira (07) compromisso de colaboração para o primeiro projeto de carbono para pequenos produtores rurais sul-mato-grossenses, com foco no bioma Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica. O projeto visa incluir 800 pequenos produtores rurais para implementarem 2,5 hectares de agrofloresta cada, totalizando 2.000 hectares em agrofloresta em até 4 anos.

O diferencial do projeto é o pagamento pelo crédito de carbono da agrofloresta, que envolve desde a medição do crescimento da biomassa via tecnologia de sensoriamento remoto e a subsequente comercialização do crédito de carbono.

Segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) Jaime Verruck, o projeto é inovador e inédito no Brasil e um novo modelo de negócio agropecuário para a agricultura familiar. “Estamos inserindo a agricultura familiar no processo para que Mato Grosso do Sul atinja a sua meta de ser reconhecido internacionalmente como Carbono Neutro em 2030. A Semadesc, por meio de Agraer e da Secretaria Executiva de Agricultura Familiar, Povos Originários e Comunidades Tradicionais, vai estabelecer uma linha de assistência técnica para definir qual o sistema agroflorestal mais adequado para cada produtor em termos de renda e, depois, qual é a capacidade do sistema agroflorestal de avançar e de gerar crédito carbono.

No âmbito do governo federal, há possibilidade de ser criada uma plataforma nacional para futuramente a gente ter outras iniciativas em âmbito nacional na mesma linha desse projeto piloto do Mato Grosso do Sul”, salientou o secretário, durante o evento de assinatura dos termos de entendimento assinados no último dia 07.

A solenidade contou com a presença do governador do Estado, Eduardo Riedel, que destacou o desafio de trazer este escopo de sustentabilidade do programa para dentro da agricultura familiar. “Pensamos em algo concreto, e foi só reunindo todos estes parceiros que enxergamos a capacidade deste projeto, de entregar resultado para o meio ambiente e resultado econômico para os produtores”, salientou Riedel.
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