26/11/2024 às 17:25
Incidência do inseto da cigarrinha nas lavouras de milho em SC cresce em média 65% nas últimas 16 semanas
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A média estadual da incidência da cigarrinha-do-milho em Santa Catarina aumentou 65% na 16ª semana de monitoramento, na comparação com as duas semanas anteriores, mostra acompanhamento da Epagri/Cepa. “Isso é esperado, visto que algumas lavouras estão em período reprodutivo, e, devido à altura das plantas, o manejo de insetos é dificultado”, detalha Maria Cristina Canale Rappussi Da Silva, pesquisadora da Epagri responsável pelo monitoramento.O boletim da 16ª semana de monitoramento destaca ainda a detecção do fitoplasma do enfezamento-vermelho em vários locais do Estado. Os vírus rayado-fino e do mosaico estriado também têm sido encontrados por várias semanas consecutivas.Já o espiroplasma do enfezamento pálido tem aparecido pouco nos diagnósticos. Maria Cristina lembra que essa é uma situação interessante para o produtor rural, já que essa bactéria pode ser muito agressiva quando infecta a planta.:: Programa Monitora Milho e aplicativoO ataque de cigarrinhas infectadas com os patógenos dos enfezamentos pode comprometer substancialmente a produção de lavouras de milho. Para acompanhar a situação, foi criado no começo de 2021 o programa Monitora Milho SC. É uma iniciativa do Comitê de Ação contra Cigarrinha-do-milho e Patógenos Associados, composto pela Epagri, Udesc, Cidasc, Ocesc, Fetaesc, Faesc, CropLife Brasil e Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária.O monitoramento consiste em armadilhas instaladas em lavouras de todo o Estado, de forma a representar a realidade das regiões produtoras de milho. As armadilhas capturam as cigarrinhas, que são analisadas em laboratório para detectar a sua infecção pelos patógenos causadores das doenças do complexo dos enfezamentos.
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