27/09/2024 às 13:00

Mais de 90% dos produtores brasileiros estão abertos a inovações para lidar com as mudanças climáticas, aponta pesquisa da Farmer Voice 2024

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O estudo Farmer Voice 2024, conduzido pela Kynetec em parceria com a Bayer, entrevistou 2.000 agricultores de diversos países, incluindo o Brasil, para identificar como eles estão lidando com os desafios climáticos e econômicos. O levantamento destacou que 75% dos agricultores globais já são impactados pelas mudanças climáticas ou preocupados com suas consequências, e 71% apontam a perda de produtividade como uma grande preocupação.

No Brasil, 91% dos agricultores estão abertos à implementação de novas tecnologias para mitigar os impactos das mudanças climáticas, posicionando-os como líderes globais em práticas sustentáveis. Globalmente, 75% compartilham dessa disposição.

Entre os desafios mais citados estão a instabilidade climática e as incertezas econômicas. No Brasil, 61% dos agricultores veem as mudanças climáticas como o principal obstáculo à produtividade, seguidas por custos e disponibilidade de mão de obra (35%) e aumento de pragas e doenças (31%). Além disso, a pesquisa revela uma crescente preocupação com decisões políticas e regulatórias, citada por 29% dos agricultores brasileiros.

A digitalização tem sido uma solução promissora: 65% dos agricultores globais já usam ferramentas digitais, e no Brasil esse número sobe para 79%. Além disso, 72% dos agricultores brasileiros demonstraram interesse em aprender mais sobre o uso da Inteligência Artificial (IA) na agricultura, um percentual superior à média global (62%).

A pesquisa também apontou que 90% dos agricultores já adotaram alguma prática de agricultura regenerativa, com foco na saúde e produtividade do solo. No Brasil, essa média é ainda maior, com agricultores adotando cerca de 10 práticas regenerativas, como plantio direto, rotação de culturas, e uso de biofertilizantes.

Apesar dos desafios, os agricultores brasileiros são otimistas: 89% incentivam futuras gerações a seguir no setor, contrastando com uma média global de 63%. Eles acreditam que desempenham um papel fundamental na segurança alimentar global (95%).
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