02/01/2025 às 08:33
Mercado interno de arroz enfrentou oscilações e desafios em 2024
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O mercado brasileiro de arroz atravessou um ano marcado por oscilações significativas e fatores climáticos que impactaram diretamente a produção e os preços. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o primeiro trimestre de 2024 foi caracterizado por uma acentuada queda nos preços, devido à expectativa de aumento na oferta.No entanto, a situação mudou drasticamente no final de abril, quando uma catástrofe climática no Rio Grande do Sul trouxe incertezas ao setor. O estado, responsável por grande parte da produção nacional, sofreu com impactos em áreas que ainda estavam em colheita e perdas nos estoques armazenados. Esses eventos impulsionaram os preços do arroz, que permaneceram elevados até novembro.Na safra 2023/24, o Brasil cultivou 1,61 milhão de hectares com arroz, um aumento de 8,6% em relação à temporada anterior. Apesar da redução de 2,8% na produtividade, estimada em 6,59 toneladas por hectare, a produção totalizou 10,59 milhões de toneladas, 5,52% superior à safra anterior, conforme dados da Conab.Com estoques iniciais de 2,02 milhões de toneladas e importações de 1,7 milhão de toneladas, a disponibilidade interna foi de 14,3 milhões de toneladas. Deste total, o consumo interno foi projetado em 11 milhões de toneladas, enquanto 1,3 milhão de toneladas foram destinadas à exportação.Apesar do crescimento na produção, a relação estoque/consumo caiu para 18,2%, o nível mais baixo desde a safra 2018/19. O estoque final está estimado em 2 milhões de toneladas em fevereiro de 2025, indicando uma oferta mais ajustada para o próximo ano.
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