Nesta terça-feira (6), o Governo de Minas Gerais anunciou que pretende investir mais de R$ 17 milhões na defesa agropecuária do estado até o ano que vem. Entre as ações estão serviços de rastreamento de frota, treinamentos, ações educativas e compra de equipamentos diversos para o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), autarquia vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), responsável pelo monitoramento e defesa sanitária animal e vegetal em Minas Gerais.

“A ideia é que consigamos ver onde muitas vezes não conseguimos chegar. Precisamos usar a tecnologia a nosso favor e, por isso, seguimos o exemplo do Mato Grosso do Sul que já utiliza, com sucesso, esses aparelhos em suas ações”, revela Guilherme Negro, médico veterinário e diretor técnico do IMA – para este ano, está prevista a compra de 25 drones para monitoramento de áreas de difícil acesso e rodovias.

Também serão adquiridos sistemas de rastreamento de veículos para que, caso haja uma emergência sanitária, os técnicos mais próximos do local possam atender a propriedade de forma ágil, garantindo que a possível doença seja contida com eficiência.

Além da compra de equipamentos, estão previstos treinamentos para o corpo técnico do IMA. Já em 2023, foram treinados mais de cem profissionais para a identificação de doenças vesiculares, como a febre aftosa, além de pragas da área vegetal, como o cancro cítrico.

Ainda em 2024, o IMA pretende fechar um convênio com a Universidade Federal de Lavras (UFLA) para o desenvolvimento de um novo software de defesa agropecuária. Com o uso de inteligência artificial, o novo sistema substituirá o Sidagro.

Minas Gerais tem um ano crucial pela frente na luta contra a febre aftosa. Em 2025, o estado, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), apresentará um pleito à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) para ser reconhecido como área livre da doença sem a necessidade de vacinação.