O Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa para a região de Campinas (SP) fechou a primeira dezena de outubro com média de R$ 66,18 por saca, a maior do ano em termos nominais, de acordo com pesquisadores do Cepea/Esalq. O aumento nos preços reflete a retração dos vendedores, que têm evitado negociar diante das condições climáticas adversas, com clima quente e seco, especialmente no Centro-Oeste, e a demanda aquecida dos compradores que buscam recompor seus estoques.

No mercado de soja em grão, a previsão de chuvas nas principais regiões produtoras do Brasil trouxe expectativas positivas. No entanto, a liquidez dos negócios segue baixa, com parte da demanda voltada para a oleaginosa dos Estados Unidos. Indústrias domésticas estão cautelosas em realizar grandes aquisições, aguardando que a melhora do clima favoreça a semeadura da nova temporada (2024/25), o que pode pressionar as cotações.

Em termos de exportações, o Brasil embarcou 6,1 milhões de toneladas de soja em setembro, um volume 24% menor que em agosto e 4,5% abaixo do registrado em setembro de 2023, sendo o menor volume mensal desde janeiro deste ano. Mesmo assim, no acumulado de 2024, os embarques somam 89,54 milhões de toneladas, 2,6% a mais que no mesmo período de 2023, estabelecendo um novo recorde.