16/09/2024 às 09:28
Milho mantém alta há quatro semanas impulsionado por clima e demanda aquecida
Compartilhar
Os preços do milho continuam em alta há quatro semanas, de acordo com dados do Cepea/Esalq. O movimento é impulsionado principalmente pela retração dos vendedores, que estão segurando negócios tanto no mercado à vista quanto para entregas futuras, de olho no clima quente e seco e na forte demanda interna e externa.Na região de Campinas (SP), a saca de 60 kg de milho atingiu R$ 63,50 na última quinta-feira, 12 de setembro, o maior valor nominal desde janeiro de 2024. No acumulado do mês, até o dia 12, o aumento chega a 4,8%. Mesmo com as previsões de produções elevadas divulgadas pela Conab e pelo USDA, o cenário climático adverso tem mantido as cotações em alta. Produtores acreditam em novas valorizações, principalmente devido aos efeitos do clima nas lavouras da safra verão e os possíveis atrasos no plantio da segunda safra 2024/25.Por outro lado, os preços da soja desaceleraram nos últimos dias. As estimativas do USDA, divulgadas em 12 de setembro, apontam para uma safra recorde de 429,2 milhões de toneladas em 2024/25, um aumento de 8,73% em relação à temporada anterior. A produção brasileira também deve crescer, passando de 153 milhões para 169 milhões de toneladas no mesmo período.Apesar das preocupações com o clima seco no Brasil, a previsão de chuvas em algumas regiões nas próximas semanas já está incentivando os produtores a iniciarem o plantio da nova safra.
Compartilhar