14/02/2025 às 12:46

Ministério do Meio Ambiente e Embrapa fortalecem ações de bioeconomia na Amazônia

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O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e a Embrapa Amazônia Oriental avançam na construção de estratégias para impulsionar a bioeconomia na Amazônia. Nesta quinta-feira (13), a ministra Marina Silva visitou a sede da Embrapa em Belém (PA) para conhecer as tecnologias, produtos e projetos da instituição voltados ao desenvolvimento sustentável da região.

"Precisamos direcionar o crédito para apoiar o desenvolvimento de produtos da nova economia florestal", afirmou a ministra. Ainda hoje, Marina deve assinar um termo de cooperação com o Banco da Amazônia para o financiamento de ações em bioeconomia na região.

O MMA tem atuado em frentes como inovação tecnológica, transição energética, economia circular e infraestrutura sustentável e resiliente, segundo a ministra. Ela destacou que a formulação de políticas públicas precisa ser baseada em evidências científicas aliadas aos saberes tradicionais.

O chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Walkymário Lemos, apresentou as linhas de pesquisa e os ativos desenvolvidos pela instituição, enfatizando que um dos maiores desafios na Amazônia é reduzir a pobreza e a fome. "Dos dez piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, nove estão na Amazônia", pontuou.

A Embrapa aposta em um modelo de bioeconomia inclusiva, que combina inovação, sustentabilidade e agregação de valor aos produtos da sociobiodiversidade, com a participação ativa das comunidades tradicionais. "A biodiversidade amazônica é uma grande oportunidade de promover inovação e desenvolvimento social e econômico, colocando os povos da floresta no centro dessa transformação", destacou Lemos.

Com nove centros de pesquisa na Amazônia Legal, a Embrapa já desenvolveu mais de 100 soluções para cerca de 50 cadeias produtivas da região. Entre as principais tecnologias estão: Cultivares de fruteiras nativas – como o kit clonal Cupuaçu 5.0; Bioinseticidas para controle de pragas; Barrinhas multifuncionais de açaí e castanha-do-pará; Sucos mistos de frutas amazônicas; Manejo de abelhas nativas sem ferrão (meliponicultura); e Sistemas Agroflorestais (SAFs).
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