20/01/2025 às 14:42

Oeste da Bahia consolida-se como maior polo de produção agrícola irrigada do Brasil

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O Oeste da Bahia consolidou-se como o maior polo de produção agrícola irrigada do Brasil, de acordo com um levantamento recente da Embrapa Milho e Sorgo. A região ultrapassou o Noroeste de Minas Gerais, que anteriormente liderava o uso de irrigação por pivôs centrais.


Entre 2002 e outubro de 2024, a área irrigada na região cresceu de 232,8 mil hectares para 332,5 mil hectares, evidenciando a adoção de tecnologias avançadas e práticas sustentáveis por parte dos agricultores.

Atualmente, o oeste baiano concentra 82% da área irrigada do estado, com destaque para os municípios de São Desidério e Barreiras. São Desidério lidera o ranking nacional com 91,6 mil hectares irrigados, enquanto Barreiras ocupa o segundo lugar, com 60,9 mil hectares.

Esses dados foram obtidos por meio de imagens de satélites Sentinel e análises comparativas com dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Moisés Schmidt, presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), destacou o equilíbrio entre crescimento produtivo e responsabilidade ambiental. “É importante destacar que, ao mesmo tempo em que recebemos esta notícia, comemoramos estes números, alcançados de forma responsável", disse Schmidt.

"A sustentabilidade é um dos pilares do agronegócio da Bahia, e estamos empenhados em garantir o uso eficiente dos recursos hídricos. Nesse sentido, temos implementado programas amplos de monitoramento, como o acompanhamento do Aquífero Urucuia e das águas superficiais, adotando práticas que favorecem a infiltração e o abastecimento do lençol freático”, completou.

Schmidt ainda ressaltou o compromisso dos agricultores com o desenvolvimento sustentável da região. “Esse equilíbrio entre produtividade e responsabilidade ambiental reflete o compromisso da Bahia em ser referência nacional no agronegócio sustentável, impulsionando o desenvolvimento socioeconômico sem comprometer os recursos naturais para as futuras gerações. Seguimos trabalhando juntos para consolidar nosso estado como um modelo de inovação e sustentabilidade”, concluiu.
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