A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) do Paraná anunciou que, com base no decreto de situação de emergência assinado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, vai publicar nesta semana uma resolução técnica para mitigar os efeitos da estiagem que afeta o estado. A decisão foi tomada durante uma reunião emergencial do Fórum Paranaense de Comitês de Bacias Hidrográficas, na última sexta-feira (06).

Entre as medidas previstas estão:

• Captação de água emergencial: Autorização para empresas de saneamento implantarem pontos de captação de água emergencial.


• Perfuração de poços: Disponibilização de equipamentos para perfuração de poços em apoio aos municípios.


• Reúso da água: Incentivo ao reúso da água por parte da população e empresas.


• Fiscalização: Intensificação da fiscalização sobre o uso clandestino de recursos hídricos.


• Campanhas educativas: Promoção de campanhas educativas para o uso racional da água, em parceria com a Secretaria de Estado da Comunicação (Secom).

Uma medida adicional, que depende da aprovação dos 12 Comitês de Bacias Hidrográficas (CBHs), é o aumento da vazão de referência de 50% para 80% para todos os usuários, o que ampliaria o acesso à água dos rios, beneficiando o abastecimento público e o consumo animal.

Cenário preocupante e previsão climática

De acordo com o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), as chuvas só devem se regularizar em outubro, com volumes mais expressivos previstos para novembro. Entretanto, essas precipitações podem não ser suficientes para equilibrar as perdas acumuladas até o momento. Setembro deve ser um mês seco em todas as regiões.

A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) informou que cerca de dois terços das bacias do estado estão em situação crítica ou de alerta. A situação é mais grave na região Centro-Norte, de Ponta Grossa até o Norte do estado, onde o abastecimento está sendo gerido de forma individualizada por município.