31/07/2024 às 14:34
Parceria do MDA com Instituto Zeca Pagodinho fortalece agricultura urbana e periurbana
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Nesta terça-feira (30), o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, esteve em Xerém, no município de Duque de Caxias (RJ), para conhecer o projeto de agricultura urbana e periurbana destinado a transformar a realidade do município. O evento, realizado no Instituto Zeca Pagodinho (IZP), contou com a presença do cantor Zeca Pagodinho, presidente de honra do Instituto. A parceria prevê a criação de uma horta comunitária de larga escala em um terreno de 8.000m², cedido pelo IZP.Reconhecido pelo seu compromisso com a comunidade de Xerém, o IZP será um parceiro chave para a execução do projeto, fornecendo o espaço necessário para o cultivo de alimentos. A horta utilizará técnicas de adubação e irrigação sustentáveis para cultivar verduras, legumes e frutas. A produção será destinada tanto para a venda no comércio local quanto para doação a instituições de assistência, beneficiando diretamente a comunidade.Durante a visita, Paulo Teixeira destacou a importância da iniciativa para os moradores de Xerém, ampliando o acesso a alimentos saudáveis para todos. “O objetivo é fazer com que esses alimentos cheguem à mesa da população, além de permitir que quem tiver um pouco mais possa vender para escolas, feiras, destinar à cozinha solidária”, afirmou Teixeira, enfatizando que "alimentar é um verbo que o Brasil está precisando utilizar, e a gente conjuga a partir daqui, com o Instituto Zeca Pagodinho".A parceria com o Instituto Zeca Pagodinho é um componente central do projeto, não só pela cessão do terreno, mas também pelo papel ativo que o instituto desempenha na mobilização e apoio à comunidade local. Zeca Pagodinho, ícone da música brasileira, fundou o instituto com a missão de promover ações sociais e culturais em Xerém, e agora, com este projeto, amplia seu impacto para a área de segurança alimentar e desenvolvimento sustentável."É muito bacana poder contribuir com alimento para as famílias. A gente sempre ajudou o povo de Xerém distribuindo cestas básicas para quem a gente sabe que precisa. Esse projeto é legal porque, além de ensinar a plantar, vai colocar comida na mesa de muita gente", disse Zeca Pagodinho.O projeto conta também com a participação de instituições renomadas como a Embrapa Agrobiologia, que contribuirá com conhecimento técnico para o desenvolvimento de quintais multifuncionais e práticas agrícolas adaptadas às mudanças climáticas; a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), que será responsável pela formação e disseminação de conhecimento através de Unidades Pedagógicas e Solidárias, capacitando a comunidade para práticas de agricultura urbana; e a Organização Cidade Sem Fome, que trará sua experiência na implementação de hortas urbanas, acumulada em projetos realizados em São Paulo, para ajudar na construção e gestão da horta em Xerém.Presente no ato de assinatura do protocolo, a deputada Federal Benedita da Silva desempenhou papel crucial, viabilizando apoio financeiro por meio de emendas parlamentares, reforçando seu compromisso com a segurança alimentar e a inclusão socioeconômica. "Essa é apenas uma contribuição para um projeto que estamos acompanhando desde o início, aqui no Instituto Zeca Pagodinho", destacou Benedita.Compromisso do Governo Federal com a erradicação da fomeA necessidade de iniciativas como essa é reforçada por dados alarmantes: em 2022, o Rio de Janeiro registrou a maior proporção de residentes em situação de insegurança alimentar grave, na região Sudeste, com 15,9% da população. O protocolo de intenções, alinhado com a recente Lei nº 14.935 de 2024, que institui a Política Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana, é uma resposta direta a esses desafios, propondo soluções sustentáveis e de impacto social.O Ministro Paulo Teixeira destacou a importância do projeto para a comunidade, especialmente em um momento em que o Brasil enfrenta o desafio de erradicar a fome. "O presidente Lula está lutando para tirar o povo brasileiro do mapa da fome, colocar comida farta na mesa do povo, comida de qualidade, recuperando a cultura alimentar do povo brasileiro", afirmou.Louiz Carlos Piquet Chaves da Silva, presidente do Instituto Zeca Pagodinho, destacou a motivação para se engajar no projeto. "A insegurança alimentar foi o que motivou a gente a entrar de cabeça nessa área, tendo em vista tudo o que aconteceu na pandemia e no pós-pandemia. Muitas famílias entraram para essa situação de insegurança alimentar, por isso decidimos dar esse passo", explicou Louiz, que é filho do artista Zeca Pagodinho.A assinatura deste protocolo representa um passo significativo na construção de um modelo sustentável de agricultura urbana, que pode ser replicado em outras regiões do Brasil. Além de abordar a insegurança alimentar, o projeto promove a sustentabilidade e a inclusão social, demonstrando o potencial transformador de parcerias entre governo, instituições de pesquisa e organizações comunitárias.
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