04/02/2025 às 18:05

PL prevê uso de tecnologia para desburocratizar inspeção de artesanato de origem animal

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A Câmara analisa o Projeto de Lei 2756/24, que visa implementar tecnologias digitais com foco em desburocratizar e modernizar a inspeção sanitária de artesanatos de origem animal.

O autor da proposta, deputado Ulisses Guimarães (MDB-MG), hoje em suplência, afirmou que o excesso de burocracia e a falta de tecnologias adequadas têm dificultado o desenvolvimento e a competitividade dos criadores de artesanato, o que compromete a qualidade de vida no campo, além de impactar no retorno financeiro das atividades.

“A implementação de tecnologias digitais, como a de registros distribuídos [blockchain], sensores de internet das coisas e plataformas integradas, surge como uma solução robusta para simplificar procedimentos, aumentar a transparência e a eficiência do sistema e garantir a celeridade necessária para que os produtores rurais possam operar de maneira sustentável e competitiva”, diz.

O texto prevê a criação do Portal do Empreendedor Rural para registrar e certificar os produtores artesanais. Enquanto os inspetores devem estar registrados no conselho de classe correspondente e realizar um curso à distância na área. 

Para validar digitalmente as informações cedidas pelos produtores, serão utilizadas tecnologias de reconhecimento digital. A lista de documentos que devem ser fornecidos pelos criadores são:

  • análise de água;

  • certificação de controle de brucelose e tuberculose;

  • identificação da origem da matéria-prima utilizada na produção; e

  • verificação de conformidade com as boas práticas agropecuárias e de fabricação.


O texto também prevê que a adoção dessa tecnologia permitirá a rastreabilidade dos produtos, desde a origem da matéria-prima, até o consumidor final. Para implementar o sistema, o projeto deve ser financiado por alocações específicas do Governo Federal, além de parcerias público-privadas e fundos de desenvolvimento rural.

O PL tramita em caráter conclusivo e passa pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, até chegar ao Plenário do Congresso. Para virar lei, além de ser aprovado pelos deputados, o texto também precisa ser avaliado pelo Senado. 
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