Levantamentos do Cepea indicam que o poder de compra dos suinocultores paulistas em relação aos principais insumos, como milho e farelo de soja, tem registrado alta neste início de setembro. A valorização do suíno vivo tem superado a dos insumos, favorecendo o setor. Segundo pesquisadores do Cepea, a elevação nos preços do suíno é resultado da boa liquidez da carne e da menor disponibilidade de animais com peso ideal para abate.

No mercado de milho, os vendedores estão limitando o volume ofertado, acompanhando as valorizações nos mercados externo e interno, além de estarem atentos às preocupações com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão no Brasil. Quanto ao farelo de soja, a falta de chuvas tem gerado incertezas sobre o início da semeadura da safra 2024/25, levando produtores a reduzir a oferta, enquanto compradores, tanto domésticos quanto internacionais, disputam novos lotes.

Boi gordo também registra alta no início de setembro

As cotações do boi gordo seguem em alta, refletindo a oferta limitada de animais prontos para abate. Entre o fim de agosto e o dia 10 de setembro, o Indicador CEPEA/B3 registrou aumento de 3,1%, passando de R$ 239,75 para R$ 247,20 por arroba. Apesar da alta, muitos pecuaristas estão relutantes em entregar os animais, esperando preços ainda maiores.

No mercado atacadista, os preços da carne com osso também subiram, acompanhando a demanda aquecida. Segundo o IBGE, o volume de abate no segundo trimestre deste ano foi recorde, especialmente na categoria de fêmeas (vacas e novilhas), com 8,8 milhões de cabeças abatidas no semestre, representando 45,7% do total.